• Resumo

    SUSTENTABILIDADE: NOVO PRISMA HERMENÊUTICO

    Data de publicação: 20/12/2018
    Os objetivos do desenvolvimento sustentável da Agenda 2030, da ONU, encontram-se, sem exceção, incorporados em nossa Constituição. O reconhecimento do fenômeno deriva da eleição da premissa maior de que a sustentabilidade multidimensional (social, econômica, ambiental, ética e jurídico-política) é cogente. Com base nessa compreensão subjacente, impõe-se a releitura da Constituição, de modo que as escolhas públicas e privadas que se mostrarem rejeitáveis sob o escrutínio da sustentabilidade dos impactos, atentam contra princípios e regras da Carta, além de vulnerarem tratados internacionais. Em contrapartida, as escolhas compatíveis com o desenvolvimento sustentável, mais do que desejáveis, são constitucionalmente mandatórias. Eis o cerne do novo prisma hermenêutico. 
  • Referências

    ARAGÃO, Alexandra. A natureza não tem preço… mas devia. O dever de valorar e pagar os serviços dos ecossistemas. Estudos em homenagem a Jorge Miranda. Marcelo Rebelo de Sousa et al. (Org.) Coimbra: Coimbra Editora, 2012.

    ALMEIDA, Fernando. Experiências empresariais em sustentabilidade: avanços, dificuldades e motivações de gestores e empresas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

    ALEXY, Robert .Teoría de los derechos fundamentales. Madrid: Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 2002.

    BERTMAN, Stephen. Hyperculture: the Human Cost of Speed. Westport: Praeger, 1998.

    BOSSELMANN, Klaus. The Principle of Sustainability. Transforming Law and Governance. 2ª ed., NY: Routledge, 2017. pp. 54-101.

    EPSTEIN, Paul, FERBER, Dan Ferber. Changing planet, Changing Health - how the climate crisis threatens our health and what we can do about it. Berkeley: University of California Press, 2011.

    EWIS, Michael. Bumerangue: uma viagem pela economia do novo terceiro mundo. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.

    FREDERIK, Shane, LOEWENSTEIN, George, O´DONOGHUE, Ted. Time Discounting and Time Preference: A Critical Review, Journal of Economic Literature, vol. 40, nº 2, 2002, pp. 351-401.

    FREITAS, Juarez. Sustentabilidade: Direito ao Futuro. 4ª ed., BH: Fórum, 2019 (no prelo).

    FREITAS, Juarez. Direito Administrativo Não Adversarial: A Prioritária Solução Consensual de Conflitos, RDA, FGVRio, V.276, 2017.

    FURTADO, Celso. Os desafios da nova geração. Revista de Economia Política, v. 24 n. 4, p. 484, out./dez. 2004.

    GARCIA, Denise Schmitt Siqueira. A busca por uma economia ambiental: a ligação entre o meio ambiente e o direito econômico. In: Denise Schmitt Siqueira Garcia. (Org.). Governança Transnacional e Sustentabilidade. Itajaí: UNIVALI, 2014, v. 1.

    GUASTINI, Riccardo. Os princípios constitucionais como fonte de perplexidade. Interesse Público n. 55: BH: Fórum, p. 165.

    GARRÍ, Iconio. Poltical Short-Termism: A possible explanation,Public Choice, Vol. 145 (Issues 1-2), 2010, pp.197-211.

    HASKEL, Jonathan. WESTLAKE, Stian. Capitalism without Capital. Princeton: Princeton University Press, 2018.

    JEVONS, William Stanley. The Coal Question.Londres e Cambridge: Macmillan &Co, 1865.

    JACOBS, Alan. Policymaking for the long term in advaced democracies. Annual Review of Political Sciente, Vol. 19, pp.433-454.

    LORENZETTI, Ricardo Luis. Teoria geral do direito ambiental. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010, p. 32: “O paradigma ambiental importa uma definição valorativa cada vez mais potente”.

    MACHADO, Paulo Affonso Leme. Falta de água e soluções jurídicas. Interesse Público – IP, Belo Horizonte, ano 17, n. 90, p. 15-18, mar./abr. 2015.

    KAHANE, David, MACKINNON, Mary Pat. Public participation, deliberative democracy, and climate governance: Learning from the Citizens’ Panel on Edmonton’s Energy and Climate Challenges, CISDL/GEM Iniciative, University of Lapland, Working Paper Series, 2015.

    ROVERE, Emilio Lèbre La, GESTEIRA, Claudio, GROTTERA, Grottera, WILLS, William. Report Pathways to deep decarbonization in Brazil. SDSN – IDDRI, 2015.

    SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade, SP: Cia das Letras, 2000.

    SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. 4. ed. São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2001, pp. 40-41.

    SARLET, Ingo Wolfgang (Org.). Estado socioambiental e direitos fundamentais. Porto Alegre: Livr. do Advogado, 2010, p. 16.

    STIGLITZ, Joseph E. O mundo em queda livre: os Estados Unidos, o mercado livre e o naufrágio da economia mundial. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 225.

    SANDEL, Michael. What Money Can´t Buy. The moral limits of markets. NY: Farrar, Straus and Giroux, 2012.

    STELZER, Joana, GOUVEIA, Nelson. Princípio da precaução: da origem ética à sua aplicação prática. In: Wagner Costa Ribeiro (Org.). Rumo ao pensamento crítico socioambiental. São Paulo: Annablume, 2010.

    SUNSTEIN, Cass. The Cost-Benefit Revolution. Cambridge: The MIT Press, 2018.

    SOUZA, Maria Cláudia Antunes de. GARCIA, Rafaela Schmitt. Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável: Desdobramentos e desafios in Sustentabilidade, Meio Ambiente e Sociedade. Vol.II, Maria Cláudia da Silva Antunes de Souza e Charles Alexandre Souza Armada (Orgs), Florianópolis: Empório do Direito, 2016, pp. 8-18.

    TOMASELLO, Michael. Natural History of Human Morality. Cambridge: Harvard University Press, 2016.

    TETLOCK, Philip. Expert political judgement. Princeton: Princeton University Press, 2005. Vide, do mesmo autor e Dan Gardner in Superprevisões. Rio: Objetiva, 2016.

    TREMMEL, Jörg. Constitutions as Intergenerational Contracts: Flexible or Fixed?, Intergenerational Justice Review, 1/2017.

    WEIK, Arnin, WITHYCOMBR, Lauren, REDMAN, Charles. Key competencies in sustainability: a reference framework for academic program development. Sustainability Science, Vol. 6, n. 2, 2011.

Novos Estudos Jurí­dicos

A revista Novos Estudo Jurídicos (NEJ), Qualis A1 Direito, é um periódico científico quadrimestral, com publicações ininterruptas desde 1995, nos meses de Abril, Agosto e Dezembro. Sua missão é promover o aprimoramento dos estudos na área do Direito, especialmente nas seguintes linhas: “Constitucionalismo e Produção do Direito”, “Direito, Jurisdição e Inteligência Artificial” e “Direito Ambiental, Transnacionalidade e Sustentabilidade”.

A NEJ é um dos periódicos científicos da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e está vinculado ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica da UNIVALI (conceito CAPES 6), cursos de Mestrado e Doutorado.

O periódico oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento. 

A visão da revista Novos Estudo Jurídicos (NEJ) consiste na publicação de artigos e relatos de pesquisas inéditos de autoria de docentes, discentes e pesquisadores, estimulando os debates críticos e éticos sobre assuntos relacionados aos temas que compõem sua Linha Editorial.

Access journal